A gestão de estoques é tão importante que muitas empresas consideram como uma iniciativa extremamente lucrativa manter a capacidade de estoque no limite mais alto possível. Neste período a performance ficava em segundo plano, mas esta prática era impulsionada pelo período em que o país vivia um período turbulento com altos níveis de inflação, criando assim a possibilidade de obter ganhos simplesmente inflando os estoques das empresas.

Depois deste período, a gestão de estoque, que já era protagonista, alcançou uma importância ainda mais crucial para o nível de desempenho das empresas, afetando o custo de oportunidade de capital, vindo da manutenção dos produtos em estoque.

Com a estabilização da economia o desafio mudou de direção, onde manter altos níveis de estoque deixou de ser prioritário, mas sim encontrar a medida certa do “giro” do estoque que garanta o excedente para atender a demanda de forma ajustada e sem desperdícios desnecessários ao capital empregado. Devemos considerar três fatores essenciais na busca do equilíbrio:

• Tempo de processo de manufatura

• Localização do estoque
• Previsão de demanda

O tempo do processo de manufatura tem relação direta com a produção, transporte e necessidades específicas de armazenagem que podem influenciar diretamente o estoque em condições de venda. A localização do estoque sempre traz à tona a necessidade de centralização ou descentralização de estoque que pode ser fator de diferenciação competitiva. Ter o produto em disponibilidade mais rápido que seu concorrente pode ser uma vantagem significativa na corrida de mercado em que estão inseridos.

A previsão de demanda, com certeza é o fator mais desafiador para uma empresa, pois é o processo que envolve o maior nível de complexidade e variáveis que dificultam a leitura da demanda para seu negócio. As previsões podem ser mais assertivas de acordo com o nível de balizamento que se tem ao alcance em determinado mercado, outras não são tão precisas, e isso com certeza traz um risco maior.

Portanto, buscar informações em grande volume, é uma das medidas fundamentais para se obter uma maior assertividade nas previsões. Tudo deve ser levado em conta. Desde os processos internos, contatos externos com clientes e suas correlações, sempre buscando maximizar o campo de informações para ter o maior número possível de variáveis e assim diminuir o índice de erro.